quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Resolução Política da Esquerda Popular Socialista.



Resolução Política da Esquerda Popular Socialista

Porto Alegre, 25 janeiro 2012

A Esquerda Popular e Socialista – EPS - tendência petista fundada no dia 4 de dezembro de 2011, na Escola Nacional Florestan Fernandes em SP, nasce com a contribuição de militantes de 18 estados de todas as regiões do país afirmando a centralidade da luta dos/as trabalhadores/as e a relação orgânica com os movimentos sociais. Tem como princípios fundantes o feminismo, o combate ao racismo, à homofobia e a todas as formas de discriminação. A EPS surge com o objetivo de fortalecer o PT como instrumento capaz de formular e dirigir as principais frentes da luta política no Brasil, defendendo o governo Dilma, o aprofundamento das mudanças iniciadas no governo Lula, as reformas estruturais e tendo o socialismo como objetivo estratégico.

Resolução Política

A direção nacional da Esquerda Popular e Socialista do PT, reunida em 25 de janeiro de 2012, em Porto Alegre, sede do Fórum Social Temático, debateu a situação política e econômica internacional e nacional e aprovou a seguinte resolução:

1. Saudamos a realização desse Fórum Social em Porto Alegre, fruto do esforço dos movimentos sociais e partidos de esquerda, que mantêm acesa a chama do internacionalismo e da crítica anticapitalista.

2. Apontar alternativas globais e fortalecer a luta contra o capitalismo neoliberal se faz cada dia mais necessário. O agravamento da crise econômica mundial, cujo epicentro nesse momento é a Europa, deixa nítido que vivemos em um momento que evidencia a incompatibilidade estrutural entre capitalismo e democracia, entre capitalismo e emprego, entre capitalismo e políticas sociais.

3. Os mercados financeiros derrubam governos, desestabilizam economias. Os capitais internacionais seguem ditando regras, chantageando Estados, exigindo profundos cortes nas políticas públicas para direcionar recursos a banqueiros e especuladores. Suas receitas são políticas recessivas, que aprofundarão a crise, em um círculo vicioso sem fim. O desemprego, em todo o mundo, atinge níveis recordes, como mostram os números da OIT (200 milhões de desempregados, com tendência a agravamento). Cumpre ressaltar que os níveis de desemprego são, em média, três vezes maiores entre os jovens.

4. Embora a situação seja diferente no Brasil, na América Latina, na China e Índia, entre outros países, que não adotam políticas neoliberais, já sentimos a desacelaração dos índices de crescimento econômico. Não há garantias que um derretimento da Europa e um aprofundamento da crise mundial não afetem de maneira significativa também esses países, inclusive a economia brasileira.

5. É nesse contexto que as acertadas políticas dos governos Lula e Dilma devem ser aprofundadas. Estamos desafiados a continuar crescendo com aumento do emprego, distribuição de renda e expansão das políticas sociais. Cabe ao PT e aos movimentos sociais aprofundar o debate sobre medidas de fortalecimento das políticas públicas, de aumento dos salários, da garantia dos investimentos em infra-estrututura e de democratização do Estado brasileiro.

6. Radicalizar o compromisso democrático e popular do governo federal liderado pelo PT pressupõe corrigir algumas rotas. A começar pela política de juros, do superávit primário e de gestão da dívida interna, que seguem sendo um dreno gigantesco de recursos. Em 2011 foram cerca de R$130 bilhões de superávit primário. Uma fortuna que poderia estar sendo direcionada para saúde, educação, combate à pobreza ou novas obras.

7. Enfrentar a crise econômica significa fortalecer o mercado interno e distribuir renda de maneira efetiva. A reforma agrária deve voltar ao centro da agenda do PT e do governo federal. Democratizar a estrutura agrária e priorizar o apoio à agricultura familiar se faz combatendo a pobreza e a miséria, distribuindo renda e poder, gerando um círculo virtuoso de emprego e aumentando as condições de vida de milhões de pessoas. A reforma agrária, ao contrário do que pensam alguns, é absolutamente contemporânea e sua não-realização é uma das grandes lacunas na história do Brasil.

8. O primeiro ano do governo Dilma é motivo de orgulho para todo o PT e de todos setores que apoiam o projeto democrático-popular. A alta aceitação da presidenta é resultado de sua firmeza, de sua liderança, reflexo da continuidade das políticas democráticas iniciadas nos governos de Lula e também dos novos programas lançados, com destaque para o Brasil sem Miséria, com a generosa e ambiciosa meta de erradicar a pobreza extrema no país até 2014.

9. Agora, é preciso avançar. O PT e o governo Dilma devem retomar a agenda das reformas estruturais que estão paralisadas, como a reforma agrária (já mencionada), a reforma urbana, a reforma política, bem como o debate sobre a função social da propriedade, a democratização e regulação dos meios de comunicação, a redução da jornada de trabalho.

10. O PT e o governo Dilma devem seguir discutindo os impactos que a aprovação do código Florestal poderá trazer para a biodiversidade e a capacidade produtiva do país e para a correlação de forças entre os grandes interesses do agronegócio e as demandas de pequenos agricultores familiares. Aqui, saudamos os deputados federais que votaram contra o Código Florestal e o senador Lindberg Farias, único senador que se opôs de maneira consistente e votou contra o Código.

11. O PT e o governo Dilma devem atuar, ainda, de maneira enérgica no combate ao trabalho em condições análogas a escravidão. Segundo dados do Ministério do Trabalho, já foram localizados 294 infratores entre pessoas físicas e jurídicas, em geral, grupos de usineiros, madeireiros, fazendeiros e empresários do ramo imobiliário, de supermercados e shoppings. Nesta semana, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário denunciou a ocorrência de trabalho em regime de escravidão em Manaus, no Distrito Agropecuário da Suframa, na BR-174.

12. Nesse segundo ano de governo, o desafio é avançar e melhorar a interlocução e o diálogo com o conjunto dos movimentos sociais, dar mais peso à agenda dos direitos humanos (a Comissão da Verdade é um marco), às políticas de enfrentamento à desigualdade entre mulheres e homens, às políticas de promoção da igualdade racial, às políticas de combate à homofobia, entre outras.

13. É fundamental combinarmos as políticas econômicas, que ampliam a renda das famílias e combatem a pobreza, com iniciativas que ganhem esses setores para posições políticas mais avançadas, fazendo com que se comprometam como nosso projeto de transformação do Brasil. Afinal, muitas das propostas que apresentamos ao governo dependem da organização, da luta e da correlação de forças. Portanto, a agenda dos movimentos sociais, a elevação do nível de consciência das pessoas e a capacidade conquista de mudanças são tarefas da Esquerda Popular Socialista.

14. Reafirmamos, ainda, a necessidade de fortalecer as políticas que enfrentam e combatam a discriminação e a violência contra as mulheres, que desvelem o racismo e a homofobia, e que garantam o protagonismo das novas gerações. É dessa pauta que podem ser extraídas vitórias mais contundentes do campo socialista, inclusive no governo Dilma, e indicará mais claramente as alianças para a disputa eleitoral.

15. Essa agenda que retoma o fio histórico do programa democrático-popular dará nitidez ao PT nas disputas municipais. Será o momento de fazer a defesa do governo Dilma, apontando para os avanços, e fazer o contraponto à direita sem programa e sem discurso. As eleições municipais fortalecerão o PT se as disputarmos com uma visão nacional, com amplitude política, mas com radicalidade para demarcar campos e confrontarmos projetos.

16. É por isso que a política de alianças do PT não pode se transformar em algo amorfo, que tire nossa identidade política. O sucesso do Partido e do governo Dilma, a liderança de Lula, o esfacelamento do DEM e a divisão do PSDB faz com que muitos setores conservadores mudem de tática e tentem nos dividir, nos neutralizar. Os afagos da grande mídia à Dilma e a criação do PSD de Kassab são os fenômenos mais visíveis do reposicionamento das forças conservadoras na disputa política em curso.

17. Nesse sentido, uma aliança com Kassab na capital paulista, por exemplo, seria um verdadeiro tiro no pé, que desmobilizaria nossa militância, nossa base social e eleitoral. Nos tiraria discurso e nitidez, nos colocaria no jogo do adversário. Essa cautela com a política de alianças, sobretudo com o PSD, deve nos nortear em todas disputas, Brasil afora. Candidaturas próprias do PT em algumas disputas, como em Belo Horizonte, farão toda a diferença e adquirem sentido estratégico. O momento é de fortalecer o Partido dos Trabalhadores: eleger o maior número possível de prefeitos e prefeitas, vereadoras e vereadoras.

18. Por último, reiteramos nosso compromisso com o fortalecimento do conjunto das lutas e movimento sociais. O PT deve resgatar seu vínculo orgânico com o conjunto das entidades e movimentos que lutam por terra, moradia, salário, igualdade. Nesse sentido, reafirmamos a importância de seguirmos em sintonia política com os/as companheiros/as do MST, Via Campesina e da Consulta Popular. Quanto mais fortes as lutas sociais, mais fortes serão nossos governos e nossas condições para mudar a realidade e implementar o programa democrático-popular, ampliando seu sentido e conteúdo anti-capitalista.

19. A conjuntura exige que o PT aumente o tom da denúncia à criminalização dos movimentos sociais. Está em curso um processo de agudização da repressão e do uso das forças policias estatais contra os ativistas de diversos movimentos. O governo Alckmin é o maior protagonista de uma escalada conservadora e autoritária, que flerta com o fascismo em operações como a desocupação do “Pinheirinho”, em São José dos Campos, ou o ataque a moradores de rua/dependentes químicos na cracolândia. Em Goiás, o governo do Tucano Marconi Perillo realizou a operação desocupação do Parque Oeste Industrial em Goiânia nos mesmos moldes do Pinheirinho. São retrocessos inaceitáveis, incompatíveis com a democracia, e que representam a diferença entre os dois projetos: dos tucanos e do campo democrático e popular.

Viva o Fórum Social Temático!

Viva os movimentos sociais!

Viva o PT!

Porto Alegre, 25 de janeiro de 2012

Direção Nacional Esquerda Popular Socialista (tendência interna do PT)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Presidente do PT recebe direção nacional da EPS - Esquerda Popular e Socialista.

Presidente do PT recebe direção nacional da EPS - Esquerda

Popular

e Socialista.



Uma reunião hoje (23) à tarde entre o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputado estadual Ruy Falcão (SP), e a direção nacional da Esquerda Popular Socialista (EPS), tendência interna do PT, vai debater reforma ministerial e as eleições de 2012.

A reunião acontece na sede nacional do PT, em São Paulo, e da Bahia, vão participar o deputado federal e militante do MST,Valmir Assunção, e Renata Rossi, membro do Diretório Nacional do PT, além de Angélica Fernandes, dirigente do PT de São Paulo, e o deputado estadual Mauro Rubem (PT-GO).

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

RESPEITE o PARTIDO DOS TRABALHADORES.



RESPEITE o PT .

Depois das declarações-bomba do presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, e da entrevista-resposta do senador do PT-RJ, Lindbergh Farias, os dois partidos estão se reunindo para afiar um único discurso e acabar com as rusgas. Em São Paulo, o senador sentou à mesa com o presidente nacional do partido, Rui Falcão, e do PT-RJ, Jorge Florêncio. Decisão: O PT apóia a reeleição do prefeito Eduardo Paes no Rio e quer apoio do PMDB em Mesquita, Belford Roxo, Maricá e Petrópolis.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Situação complicada: Bilhete Único: Falha que custa tempo e dinheiro a passageiros



Bilhete Único: Falha que custa tempo e dinheiro a passageiros

Sem conseguir ativar automaticamente o saldo do Bilhete Único nos meios de transporte, usuários têm que se deslocar a lojas da RioCard todo mês

POR DIOGO DIAS

Rio - Usuários dos bilhetes únicos Intermunicipal e Carioca estão passando sufoco e para usar o cartão. Muitos são obrigados a ir a postos de autoatendimento ou lojas RioCard para desbloquear o crédito das passagens no cartão, o que deveria ocorrer automaticamente nos validadores dos veículos de transporte público. O DIA constatou problemas com usuários de trem, ônibus e metrô.

Há mais de um ano sem conseguir ativar o saldo de seu Bilhete Único Intermunicipal nos ônibus que utiliza, o técnico em mecânica Elson Luiz, 44 anos, se desloca todo mês até o posto de autoatendimento da Central. Ele mora em Belford Roxo e trabalha em São Cristóvão.
“Preciso aproveitar um dia em que o serviço não esteja tão pesado e conseguir a permissão do patrão para sair mais cedo de São Cristóvão, onde trabalho. Mas o pior é a disposição para enfrentar a fila e o calor”.

Colega de trabalho de Elson, o técnico em mecânica Bruno César Duarte, 30, viveu o problema nesta terça-feira pela primeira vez. “Sempre vi o pessoal indo à Central para liberar o cartão e torcia para isso não acontecer comigo. Infelizmente, fui a mais nova vítima”, lamenta o passageiro de ônibus, morador de Vila da Penha. O crédito dos cartões de Elson e Bruno é pago pela empresa. Ambos têm que gastar mais dinheiro para pagar as passagens até a Central do Brasil. O autoatendimento lá e nas lojas não funciona 24 horas.

Já o impermeabilizador Carlos Alberto Moreira de Souza, 28 anos, sofre há dois meses: “Antes era só utilizar o trem que recarregava. Agora, tenho que encarar essa fila”.

A RioCard informa que o aumento no número de usuários dos cartões causou sobrecarga nos validadores, sobretudo do metrô. A empresa garante que os equipamentos de todas as estações já estarão adaptados em um mês.

Problema aumenta fila em postos

A dificuldade para colocar saldo nos cartões testa a paciência dos usuários e ainda aumenta as filas nos pontos de recarga. No subsolo da Central do Brasil, a movimentação de pessoas nos postos de autoatendimento é intensa.

A RioCard afirma que há mais de 350 pontos de recarga na cidade. A empresa ressalta que, desde novembro, seis lojas foram abertas em Piabetá, N. Iguaçu, S. Gonçalo, Ilha do Governador, Centro do Rio e estação das barcas na Praça 15.

A Secretaria Municipal de Transportes confirma que o número de postos aumentou, mas cobra melhor divulgação dos pontos de recarga.

Fonte: Jornal O DIA ONLINE.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Valmir Assunção justifica cisão em corrente do PT: 'Não ficou ninguém'

Valmir Assunção justifica cisão em corrente do PT: 'Não ficou ninguém'

Por Felipe Campos / David Mendes

O deputado federal Valmir Assunção (PT), ex-principal nome baiano da corrente petista Articulação de Esquerda (AE), justificou a sua saída junto com outros militantes para criar a nova vertente já denominada Esquerda Popular Socialista (EPS). “A AE estava se afastando dos movimentos sociais, da reforma agrária e das questões raciais.

Por isso que nós decidimos, em congresso organizado em dezembro, montar esse novo grupo já presente em 19 estados”, afirmou. Questionado pela reportagem do Bahia Notícias sobre quem embarcou na nova nau que navegará por águas petistas, o parlamentar citou o nome do deputado estadual Marcelino Galo (PT), de outros militantes e decretou: “Não ficou ninguém”, cutucou.

http://www.bahianoticias.com.br/

Programa Renda Melhor será lançado em Nova Iguaçu no dia 17 de Janeiro de 2012.



Programa Renda Melhor será lançado em Nova Iguaçu no dia 17 de Janeiro de 2012. Com participação e organização da SEMASPV - Secretaria Municipal de Assistência Social e Prevenção a Violência.

O governo do estado e a prefeita de Nova Iguaçu, Sheila Gama e o secretário da SEMASPV - Secretaria Municipal de Assistência Social e Prevenção a Violência, Sebastião Wágner Berriel, lançam, no dia 17 de janeiro, às 17h, na Vila Olímpica do município, o Programa Renda Melhor, que irá beneficiar 31 mil famílias cadastradas pela Prefeitura.

O município receberá mensalmente o repasse de cerca de R$ 2 milhões, beneficiando 28.200 famílias que vivem abaixo da linha da pobreza com renda per capita inferior de R$ 100,00.

A prefeita Sheila Gama destacou que o Programa Renda Melhor irá diminuir a miséria extrema na Baixada Fluminense. “É preciso que as pessoas tenham as mínimas condições para viver. Não se pode viver bem vendo o sofrimento dos outros. O Renda Melhor é uma oportunidade para acabar com as diferenças”, declarou.

De acordo com o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves. “Temos pelo menos 300 mil pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza no Estado do Rio de Janeiro. Até 2014 pretendemos cobrir os 92 municípios com o programa”, concluiu, enfatizando que os benefícios podem variar de R$ 30 a R$ 300, de acordo com a condição de vida de cada família. O ingresso no Programa é feito pelo Cadastro Único o mesmo utilizado no programa Bolsa Família.

sábado, 7 de janeiro de 2012

2012 - O ano Missionário da PJMP - Pastoral da Juventude do Meio Popular.




O Ano de 2012 está começando e com ele vem a Missão dos Jovens da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP): fomentar e animar cada vez mais a juventude que se encontra em todos os cantos deste continente chamado Brasil sintonizando cada vez mais nossas atividades locais, regionais e nacionais.

Sabemos da pluralidade da composição e atuação da nossa PJMP, organização e os tipos de intervenção que fazemos nos espaços em que estamos inseridos, mas este ano é o período onde estaremos nos preparando para grandes momentos em que toda a Juventude do Meio Popular tem de estar inserida, Atividades Permanentes (Semana da Cidadania, Semana do Estudante e Dia Nacional da Juventude), Atividade Específica (Dia Nacional de Oração - DNO), Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e a preparação para os 35 Anos da PJMP.

Nesse sentido, a Missão de Evangelização da PJMP não vai parar neste único ano, e terá continuidade nos demais, sendo que terá avaliações no decorrer deste processo grandioso e transformador, para tanto é necessário entendermos como se passam todas as intervenções que fazemos, um olhar a nível nacional sobre isso potencializa nosso compromisso.

Temos como objetivo principal: “ir ao encontro dos Jovens para despertar o sentido do encontro com Cristo Jovem Libertador e de pertença à comunidade ou meio especifico onde a PJMP esteja inserida, celebrando e animando a caminhada e a comunhão das comunidades, da Juventude, dos explorados, dos marginalizados”. Um dos objetivos específicos é fortalecer a nossa PJMP.

Os pobres são os preferidos de Javé! O mundo está sedento de vida, afeição e atenção!


Amém, Axé, Awerê, Aleluia!
Guilherme Monteiro Cerqueira
Comissão Nacional da PJMP – Rio de Janeiro
Equipe de Comunicação

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

"Minas recebeu treze alertas de risco de chuvas".

"Minas recebeu treze alertas de risco de chuvas".

Jornal do Brasil.

Os órgãos de Defesa de Minas Gerais emitiram, desde outubro de 2011, pelo menos treze alertas sobre o risco de chuva intensa no Estado. Apesar dos avisos, as águas destruíram 66 municípios, causaram seis mortes e deixaram centenas de desalojados. O governador tucano Antônio Anastasia afirma que adotou medidas preventivas, mas alega que o volume de água foi “sem precedentes”.

Claudio Humberto

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Hora de rever as privatizações.


www.cartamaior.com.br

DEBATE ABERTO
Hora de rever as privatizações

Se outros efeitos não causar à vida nacional o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., suas acusações reclamam o reexame profundo do processo de privatizações e suas razões. A presidente da República poderia fazer seu o lema de Tancredo: um governante só consegue fazer o que fizer junto com o seu povo.

Mauro Santayana

Se outros efeitos não causar à vida nacional o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., suas acusações reclamam o reexame profundo do processo de privatizações e suas razões. Ao decidir por aquele caminho, o governo Collor estava sendo coerente com sua essencial natureza, que era a de restabelecer o poder econômico e político das oligarquias nordestinas e, com elas, dominar o país. A estratégia era a de buscar aliança internacional, aceitando os novos postulados de um projetado governo mundial, estabelecido pela Comissão Trilateral e pelo Clube de Bielderbeg. Foi assim que Collor formou a sua equipe econômica, e escolheu o Sr. Eduardo Modiano para presidir ao BNDES - e, ali, cuidar das privatizações.

Primeiro, houve a necessidade de se estabelecer o Plano Nacional de Desestatização. Tendo em vista a reação da sociedade e as denúncias de corrupção contra o grupo do presidente, não foi possível fazê-lo da noite para o dia, e o tempo passou. O impeachment de Collor e a ascensão de Itamar representaram certo freio no processo, não obstante a pressão dos interessados.

Com a chegada de Fernando Henrique ao Ministério da Fazenda, as pressões se acentuaram, mas Itamar foi cozinhando as coisas em banho-maria. Fernando Henrique se entregou à causa do neoliberalismo e da globalização com entusiasmo. Ele repudiou a sua fé antiga no Estado, e saudou o domínio dos centros financeiros mundiais – com suas conseqüências, como as da exclusão do mundo econômico dos chamados “incapazes” – como um Novo Renascimento.

Ora, o Brasil era dos poucos países do mundo que podiam dizer não ao Consenso de Washington. Com todas as suas dificuldades, entre elas a de rolar a dívida externa, poderíamos, se fosse o caso, fechar as fronteiras e partir para uma economia autônoma, com a ampliação do mercado interno. Se assim agíssemos, é seguro que serviríamos de exemplo de resistência para numerosos países do Terceiro Mundo, entre eles os nossos vizinhos do continente.

Alguns dos mais importantes pensadores contemporâneos- entre eles Federico Mayor Zaragoza, em artigo publicado em El País há dias, e Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia - constataram que o desmantelamento do Estado, a partir dos governos de Margareth Thatcher, na Grã Bretanha, e de Ronald Reagan, nos Estados Unidos, foi a maior estupidez política e econômica do fim do século 20. Além de concentrar o poder financeiro em duas ou três grandes instituições, entre elas, o Goldman Sachs, que é hoje o senhor da Europa, provocou o desemprego em massa; a erosão do sistema educacional, com o surgimento de escolas privadas que só servem para vender diplomas; a contaminação dos sistemas judiciários mundiais, a partir da Suprema Corte dos Estados Unidos – que, entre outras decisões, convalidou a fraude eleitoral da Flórida, dando a vitória a Bush, nas eleições de 2000 -; a acelerada degradação do meio-ambiente e, agora, desmonta a Comunidade Européia. No Brasil, como podemos nos lembrar, não só os pobres sofreram com a miséria e o desemprego: a classe média se empobreceu a ponto de engenheiros serem compelidos a vender sanduíches e limonadas nas praias.

É o momento para que a sociedade brasileira se articule e exija do governo a reversão do processo de privatizações. As corporações multinacionais já dominam grande parte da economia brasileira e é necessário que retomemos as atividades estratégicas, a fim de preservar a soberania nacional. É também urgente sustar a incontrolada remessa de lucros, obrigando as multinacionais a investi-los aqui e taxar a parte enviada às matrizes; aprovar legislação que obrigue as empresas a limpa e transparente escrituração contábil; regulamentar estritamente a atividade bancária e proibir as operações com paraísos fiscais. É imprescindível retomar o conceito de empresa nacional da Constituição de 1988 – sem o que o BNDES continuará a financiar as multinacionais com condições favorecidas.

A CPI que provavelmente será constituída, a pedido dos deputados Protógenes Queiroz e Brizola Neto, naturalmente não se perderá nos detalhes menores – e irá a fundo na análise das privatizações, a partir de 1990, para que se esclareça a constrangedora vassalagem de alguns brasileiros, diante das ordens emanadas de Washington. Mas para tanto é imprescindível a participação dos intelectuais, dos sindicatos de trabalhadores e de todas as entidades estudantis, da UNE, aos diretórios colegiais. Sem a mobilização da sociedade, por mais que se esforcem os defensores do interesse nacional, continuaremos submetidos aos contratos do passado. A presidente da República poderia fazer seu o lema de Tancredo: um governante só consegue fazer o que fizer junto com o seu povo.

Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.